domingo, 20 de março de 2011

Usufruir sem ter

O prazer em se refrescar em uma praia maravilhosa e o de sair de uma concessionária com um carrão novo são extremamente diferentes. Além das diferenças óbvias, quero chamar a atenção para uma, que para mim é fundamental e transformadora: o prazer em se refrescar na marola se resume no próprio prazer de usufruir de algo bom, diferente do prazer em comprar o carro.


Em muitas ocasiões o prazer em ter excede em muito o prazer de usar. O exemplo do carro é bem ilustrativo, a ponto de não ser necessário maiores explanações.

É verdade que estes dois prazeres têm em comum o triste fato de serem passageiros, mas o prazer em ter é muito mais enganoso. Este engano está apoiado na falsa sensação de segurança e no ridículo sentimento de superioridade ao ostentar. Quando ostentamos algo que temos, que somos ou que fizemos estamos simplesmente mostrando, a quem quiser ver, o quanto carente, frágeis e ridículos somos.


O prazer em usar, gastar, sentir algo que não pertence a nós é muito diferente! Este papo de exibir está fora de questão. O que iríamos ostentar? Como alguém invejaria um desapossado? O prazer é muito mais puro! É simplesmente aquilo que é: o prazer.

Me parece que assim é o Evangelho de Jesus: o bem mais valioso de todos! Eu bebo dele como se fosse uma fonte de água fresca. Algo em que me deleito sem ter direito algum adquirido. Por que eu ostentaria algo em relação a minha vida cristã? Tudo me foi dado de graça por meu salvador. Por graça e por amor.

Muitos detestam os crentes pois grande parte de nós acha que a Salvação em Cristo é como um Carrão. Falam que leram a bíblia muitas vezes, exibem seus feitos morais, olham torto tudo que acham profano, falam mal de seus irmãos como maneira de se auto exaltar e assim por diante... os crente são assim.


Devemos voltar para a simplicidade do evangelho, que é como uma praia. Podemos mergulhar, tomar um solzinho, jogar um volei, pegar um jacaré, no entanto, nunca a praia será nossa.

O que deve ser a marca dos cristão é o amor mútuo, como foi na igreja primitiva. Só assim refletiremos nosso mestre Jesus e seu precioso e bendito Evangelho, nossa deliciosa praia.

domingo, 6 de março de 2011

Unidade e Diversidade

Faz tempo que não escrevo. Não escrevo aqui nem em lugar nenhum. Na verdade só tenho escrito nas lousas da escola em que trabalho, com aquele garrancho de sempre, aquelas coisas de sempre.

Estou passando por um momento bem especial de minha vida. Minha esposa está grávida e de repouso. Ele precisou se submeter a um procedimento chamado cerclagem, algo semelhante a um nó em uma bexiga de festinha infantil. Nada de muito complicado, mas necessita de cuidados especiais e de um medicamento bem carinho, um tal de Inibina. Até início de agosto estamos de repouso. Neste momento a palavra repouso parece está mais em destaque do que a palavra grávida, mas tenho certeza que daqui a poucos dias, quando o bebê começar a mexer, começarmos comprar coisinhas bacaninhas, a ordem de destaque destas duas palavras irá mudar radicalmente.

Durante este carnaval pouquíssimo animado estou experimentando algumas canções. Canto, toco, canto de novo, toco novamente, e assim por diante. Algumas do Expresso Luz, outras do Camargo, me deparei com uma do Rehder/Kerr: Unidade e Diversidade. Em uma primeira análise é uma música bacana, antiga, não muito congregacional (quero dizer, não apropriada para se cantar em um culto público de uma igreja protestante com teologia reformada e tudo mais :-p ), mas quando cantei esta canção veio em mim um sentimento tão profundo de nostalgia, nostalgia da boa, daquelas que nos fazem chorar e rir ao mesmo tempo. A canção fala de um período de ouro do cristianismo: a igreja primitiva, onde todos tinham apenas uma esperança, e a mesma, Cristo.

Pensar nisso em nossos dias é um problemão. Quando olho em volta: que tragédia! Quando olho dentro de mim: tragédia ao quadrado!!! A beleza de ser cristão, de viver para honrar aquele que nos redimiu, de estar sempre em paz pois tudo está no controle daquele que nos ama, está cada vez mais escassa quando olho em volta e para dentro. Ao cantar esta música me senti com saudade de algo que na verdade nunca vi ou vivi plenamente.

Não que eu não me ache mais cristão. Sou um crente! Calvinista roxo! Creio em Jesus e em seu Evangelho! A questão está em como expresso isso, como isto emana de mim para minha família, aos meus amigos, aos colegas de trabalho... Da mesma forma, a maneira que minha comunidade se relaciona com o restante do bairro em que está instalada é uma questão análoga.

A canção do Rehder e do Guilherme me trouxe o sentimento de cristianismo em outra dimensão, em outro patamar. O perfume de Cristo exalando pelos crentes em todas as esferas de suas vidas. Não com chavões ou posturas preconceituosas, não com altivez ou idéias vindas de um tele-evangelista hipócrita, dominador e aproveitador, mas o perfume que emana amor, compaixão, paz e outros frutos que são verdadeiros (de verdade) no coração daqueles que vivem em Jesus.


Estou sempre vivendo ou observando relances, bem rápidos e curtos, desta plenitude. Uma atitude de fulano aqui, uma outra de siclano ali, de vez em quando algo que penso, falo ou faço. Mas uma coisa peço ao Senhor (e a buscarei) que estes relances sejam cada vez mais freqüentes ao ponto de se tornarem um clarão contínuo de Graça expressando Jesus.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Em Cristo

A poucos minutos percebi como é importante falar o óbvio em algumas situações. Eu tenho bastante dificuldade com isso, fico muito sem graça em chamar a atenção de alguém a quem julgo saber o que está fazendo ou de ensinar algo a alguém a quem julgo saber fazer ou pelo menos tem condições de aprender sem minha ajuda. Sou omisso em muitas situações e preguiçoso em outras. A insegurança, as vezes, também atrapalha.

Mas é a pura verdade: o óbvio também é importante ser dito. Não que a informação seja realmente relevante em si, pois esta já está mais do que manjada, a questão é quem fala e principalmente porque fala. Preciso aprender isso.

Em Cristo,

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Qual é meu ALVO?

Não quero uma espiritualidade vazia, pobre em significados e rica em chavões bem decorados. Não quero isso!

Quero refletir sobre meu Mestre, sobre quem sou e quem Ele é, sobre o que ele já fez por mim e também o que pode fazer através de mim. Não quero apenas refletir sobre, quero refleti-lo em meu dia a dia, todos os dias.

Pois de que adianta ser forte se não conheço minha força? De que adianta conhecer minha força e não usa-la? Quero usar meu vigor para honrar meu Mestre, para servi-lo. Serviço que reflete luz, coisas que valem a pena.

É isso que eu quero! Não é simplesmente uma meta, não é só um conjunto de ações direcionadas a algo, não, é toda minha vida. Não quero dedicar um tempo a Jesus, quero me dedicar a Ele. Não é um projeto, um departamento de igreja, não!!! Sou eu.

Então é isso, é Ele.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hoje

De certa forma, hoje é um dia importante. Um "ciclo" de minha vida terminou hoje e um outro já está começando. Não que eu entenda minha vida como se fosse regida por ciclos, muito pelo contrário, creio no controle absoluto de Deus, talvez a palavra "fase" ou "momento" sejam mais adequadas, ou não.

Alguns sonhos não se realizaram, outros estão nascendo. Vida que segue. Louvado seja Deus!

Tenho agora um projeto totalmente novo, estou sendo separado para a árdua tarefa de mentoriar um pequeno grupo de jovens. Apesar de não ter experiência neste "ramo", estou muito animado e confiante. Pensar que posso contribuir na formação de jovens que poderão se tornar altamente relevantes em sua geração, refletindo Jesus, é muito e bom. Que Deus nos ajude.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Quero agradecer a todos meus amigos/irmãos pelo apoio e carinho. Eu já sabia que minha família é amorosa e muito atenciosa, também os agradeço, mas neste três últimos dias, os mais tristes de minha vida, também percebi como a igreja de Jesus ama minha família. Mais uma vez, muito obrigado, a vocês e ao nosso Senhor que os fez assim.

Um dia encontrarei meu filho e direi a ele como tantas pessoas o amaram.

sábado, 16 de maio de 2009

Samba do busão

"Minha alma canta
Vejo São Gonçalo
Estou morrendo de saudades"


Eu sei que minha cidade é muito feia, que não existem lugares com potencial turístico, não tem o clima agradável e tudo (ou nada) mais, porém cada vez mais vem este sentimento em mim quando vejo o piscinão de São Gonçalo a bordo do possante 1001. Fico três dias em Cabo Frio trabalhando, longe de casa, e ao ver este eleitoreiro monumento "papa goiaba" na beira da estrada anunciando que estou chegando, minha alma alegremente canta.

O motivo do crescente incomodo com esta situação é deixar minha família por aqui. Recentemente o problema dobrou. Meu filho não é mais uma ideia ou sonho, é real! Eu o vi na telinha de uma máquina esquisita na quarta passada! Ele (ou ela) tem cabeça, tronco e membros, se mexe e até pula. Como é que pode!!!

Deixá-los na quinta e só voltar sábado certamente será cada vez mais doloroso, peço a Deus que me ajude e me de empregos que me permitam passar todas as noites em casa, cuidando de minha família. (e também curtindo) 

Eu sei que Deus ouve e responde orações, mas será que Ele também ouve postagens? Por via das dúvidas vou acordar Daiane agora para orar comigo!