segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Oração


Como tomar uma decisão importante em um momento de dúvida? E quando esta decisão é, de fato, muito importante? As vezes faço cada bobagem! Acho que não sou a pessoa mais indicada para responder estas perguntas. Na verdade me sinto muito a vontade para fazê-las.

Quando eu era mais novo, de idade e na fé, eu achava que se eu fizesse uma "oração forte" e abrisse a bíblia com "fé" de maneira aleatória e escolhesse um versículo, também de forma aleatória, desta página, eu ouvira a voz do Altíssimo e saberia assim qual decisão tomar. Que bobagem!!!

Mais recentemente eu achava que bastava continuar vivendo de maneira normal e Deus em algum momento, de alguma forma, através de alguma coisa ou pessoa, me orientaria. Isto também é uma bobagem, não tão grande quanto a primeira, eu acho. Será? Não sei.

Deus fala conosco de muitas maneiras, através de pessoas, de circunstâncias, de coisas do cotidiano, de coisas extraordinárias e simples. Fala também através da Bíblia e das exposições desta feita pelas mais diversas pessoas. É verdade, mas se queremos, pelo menos eu quero, ouvir o Criador e Senhor, porque não pedir a Ele que nos fale? Estou falando, é claro, da oração.

Por algum motivo Deus não espera que sejamos totalmente passivos, esperando uma resposta a qualquer momento, nem que sejamos por demais ativos, providenciando uma resposta supostamente divina.

Que bom que temos um bom modelo a seguir! Nosso Mestre Jesus, quando esteve entre nós, mesmo conhecendo todos os planos e cuidados do Pai estava constantemente orando. Isso deve nos motivar a estar sempre em oração, mesmo quando não temos nenhuma grande dúvida ou nenhum problema.

Orar é muito mais que um ritual ou que um dever cristão é um prazer-necessidade de alguém que tem parte com o Altíssimo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pecadores

Estou de trabalho novo! Na verdade não é exatamente novo, estou trabalhando um dia a mais em Cabo Frio. Não é fácil encarar duas turmas já iniciadas, para ser mais sincero, quase terminadas. Eu só darei quatro aulas para cada uma dessas turmas. Mas a maior dificuldade que estou enfrentando é equacionar a minha nova agenda. Minha aula de análise 2, em Cabo Frio, termina as 10:30h e a aula de Cálculo 2, em Niterói, começa as 7:00h. Ufa, é dureza!!!


Nesta terça, ou melhor, quarta, cheguei 2:00h em casa e não consegui trabalhar na "quarta", mas o que eu quero falar mesmo é sobre algo que eu observei no ônibus da madrugada, não dos meus olhos pesados.


Desci do ônibus da 1001 no Moinho e, por sorte, encontrei o meu outro ônibus me esperando, sai correndo meio sonolento (dormi de São Pedro até Itaboraí), entrei no coletivo e logo tomei assento. Passados uns dois ou três segundos notei, dois bancos a minha frente, um casal formado por dois meninos. A visão foi repugnante! Foi para mim muito desagradável ver algumas carícias e gracejos. No entanto, como escrevi um dia desses, Deus é, de fato, um mestre e me ensinou algo valoroso, "ouça" só....

Na hora de um dos meninos descer, um grupo de senhores, talvez metalúrgicos, começou a hostilizá-los de uma forma tão grosseira e covarde que minha repugnância inicial mudou de lado imediatamente. Ao ver os meninos "acuados em um canto" notei sua fragilidade e sua carência. Percebi como o pecado se tornou juízo sobre eles mesmos.

Passei a ter compaixão e notei, mais uma vez, como sou pecador. Notei que a diferença entre aqueles meninos e eu não está simplesmente baseada na "opção sexual", como dizem em nosso tempo, mas sim na Salvação em Cristo que encontrei, salvação esta, que não dependeu em nada de mim, mas sim da imensa misericórdia e amor de meu Senhor. Salvação esta, que pode chegar até estes meninos a qualquer momento, e se isto acontecer (queira Deus) que diferença haverá entre nós? Como foi grande meu pecado!

Fico, agora, um pouco triste pois nada fiz. Fiquei o tempo todo quieto só observando. Confesso que até pensei em dar um apoio moral para o menino que ficou no ônibus, mas, como já disse, nada fiz.

Amar o pecador é uma ordem de nosso Senhor. Cumprir esta ordem implica, em várias situações, em nos despir do nosso orgulho. Que Ele nos ajude a cumpri-la!