sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Interrogação


O que escrever?

Esta pergunta me faço todas as sextas depois de minha aula cálculo 2. Penso nas coisas que vivi, nas situações que me ensinaram algo ou em algo que me chamou a atenção e me fez lembrar de alguma verdade cristã. Algumas vezes, quando termino de escrever, a ideia inicial parece apenas um detalhe escondido no texto mal escrito, outras vezes esta ideia aparece em negrito fonte 50.

Em geral, essa pergunta fica sem resposta em minha mente no máximo um minuto. Sempre tem algo notável, algo especial ou estranho. Hoje não. Não sei o que aconteceu. A coisa então que mais me chama a atenção agora é exatamente a falta de assunto. Não que não tenha acontecido nada de bom ou importante esta semana, mas nada do que vi ou vivi me anima a escrever, pelo menos que eu me lembre agora.



Isso me leva a outra pergunta: porque escrever? Sei que tenho poucos leitores e que meus textos não são lá estas coisas, mas estes fatos não me desanimam. Gosto de escrever, de expressar como observo o mundo e como percebo o governo de Deus. Tenho prazer em dizer aos meus poucos leitores como Cristo é importante para mim e como cresço observando e ouvindo amigos. Escrever este blog tem sido, para mim, um agradável exercício espiritual.

Meio que sem querer acabei encontrando um "o que" para esta postagem: o porquê.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Eu, Daiane e ...

A idéia de ter um filho é ao mesmo tempo assustadora e excitante. A possibilidade de ter, em breve, uma pessoa bem pequenininha e frágil, totalmente dependente de mim, em minha casa me causa estes dois efeitos. Quero deixar claro que Daiane não está grávida, pelo menos até mês passado não estava. Quem sabe em breve?

Fico pensando em quando meu filho(a) for adolescente e fizer alguma besteira, certamente ele fará algumas! Como me comportarei? Como será minha disciplina? Qual é o melhor método? O mais eficiente? Certamente ninguém poderá me responder isto agora. Esta pessoa com meu sobrenome e genes ainda não existe e, por isso, ainda não fez nenhuma travessura.

Gosto muito de ver um seriado americano que passa diariamente no SBT, seu nome, na versão brasileira, é Eu, a Patroa e as Crianças, acho que quase todo mundo conhece. O que me chama mais a atenção é a forma criativa, e as vezes cruel, que o Pai da família castiga seus filhos. Os métodos utilizados estão sempre relacionados aos "delitos" cometidos e procuram ter, pelo menos na mente doentia do Sr. Kyle, cunho didático.

É verdade que este é um programa de humor e não deve ser modelo para ninguém, mas um episódio particular me chamou muito a atenção (assisti pela quinta ou sexta vez esta semana!), deixe-me descrevê-lo sucintamente focando no que quero ressaltar.

Por algum motivo houve uma rebelião dos filhos. A mãe estava viajando e os três filhos estavam incomodados com a forma que o pai lidava com eles. Então o pai propôs a seguinte aposta: se vocês ficarem um certo número de dias sem nenhum auxílio de minha parte eu reconheço que sou um péssimo pai, no entanto se algum de vocês quiser ou precisar de qualquer coisa, neste período, de mim deverá reconhecer, publicamente e em voz alta, que estava agindo como um idiota e que eu sou o melhor pai do mundo.


Este episódio me chamou a atenção pois este foi o pior castigo que eu o vi aplicar. A situação dos filhos depois de poucos dias já era insustentável. Eles perceberam que até mesmo as pequenas coisas da vida, como telefonar e ter roupas limpas, era provisão de seu pai. Foi patético, como diz o reverendo.

Como seria terrível ser castigado por Deus desta forma!!! Imaginem: eu me rebelo contra Deus e Ele me diz: não "tá" gostando? Então se virá sozinho! Talvez só percebêssemos completamente este terror após alguns momentos sem o cuidado e a provisão do Pai. O sol, o ar, o clima, tudo vem dele, até mesmo minha saúde física e mental. De antemão já quero dizer: agi como um idiota, O Senhor é o melhor pai do mundo!!!

Também já quero pedir ao Pai: dá-me sabedoria para educar meus filhos que virão!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cegueira e Anosmia

Um certo homem, caminhando em São Gonçalo, observou que havia um buraco fundo e fedorento alguns metros adiante. Sabiamente, nosso herói atravessou a rua e continuou a sua caminhada em direção ao Extra (ou ao Metrópole).

De fato, está historinha é banal e sem graça. Não tem emoção nem surpresas, é realmente bem chatinha! Eu só a inventei e contei (como fui criativo!!!)  pois quero ressaltar o motivo do personagem da história atravessar a rua: ele primeiro viu o buraco e depois notou que o que ela havia visto era real e significava perigo. Coisas deste tipo acontecem o tempo todo, principalmente aos moradores de minha esburacada cidade. 

Na vida cristã esta lógica continua valendo, ao ver algo perigoso 
devemos nos desviar imediatamente. No entanto em várias situações a coisa parece não ser tão simples.

Algumas vezes simplesmente não conseguimos ver os buracos fedorentos, nem mesmo conseguimos sentir o cheiro de esgoto quando estamos a um passo de mergulhar na imundice. Agimos como portadores de cegueira e anosmia. Deixe-me dar um exemplo, muitas vezes compramos coisas ilegais (pirataria, contrabando, coisas baratas muito provavelmente roubadas, ...) da forma mais natural do mundo!

Em outras situações conseguimos ver a cratera, mas parece que ela não é real ou não poderá nos causar nenhum dano. Mesmo vendo o buraco e sentido o fedor continuamos
 andando como se estivesse tudo jóia, pensamos assim: o fato de cair no buraco é coisas da vida, todo mundo cai, é assim mesmo, e outras coisas do gênero. Não damos a menor importância para o que diz nosso Mestre, tanto faz.  

A vida cristã é muito importante para a tratarmos com desleixo, disso depende nossas almas. Desviar do buraco precisa ser algo natural.

Que Deus nos ajude!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Mestre

Esta semana está sendo bem singular. Estão acontecendo algumas coisas, não exatamente inéditas, mas bem diferentes do meu habitual. Quero falar sobre duas destas coisas.

Na segunda à noite participei de um culto no lar da mãe de um amigo/irmão. Já participei de vários cultos em lares, mas nunca preguei em um deles. Na verdade o singular não foi isto, o que foi novidade para mim foi preparar e executar um sermão totalmente evangelístico, foi realmente revigorante para mim falar sobre meu Senhor desta forma. Só fico meio entristecido quando percebo que este tipo de experiência deveria ser corriqueira para mim já há alguns anos. Me esforçarei para que de fato se torne.

Ontem à tarde visitei os meus pais, como de costume. Tudo parecia igual a toda semana: perguntas sobre minha saúde, sobre quando vem o netinho, recebi o já tradicional guaravita que eles compram toda semana para mim, coisas deste tipo. Até que em um momento a conversa descambou para um lado meio espiritual e então eu expus o evangelho de Jesus Cristo aos meus pais como nunca havia feito, com paixão e ousadia. Mais uma vez vale o comentário do final do parágrafo anterior.

Outras coisas blogáveis aconteceram esta semana, fiquei sabendo que o casal terra está grávido, bati um papo importante com meu amigo Dougão, que está um pouco afastado, conheci melhor uma irmã da ICA, a Janaína, oramos juntos ontem à noite, e deve ter também alguma outra coisa que me esqueci. Que semana!

Tenho aprendido que a vida não é uma sucessão aleatória de fatos isolados. A expressão que comumente uso para me referir a Jesus, Mestre, é de fato adequada a Ele.