Ontem recebi uma ligação da esposa de meu pastor, que viajara, pedindo-me para visitar uma anciã que saudosamente solicitou a presença da igreja em sua casa. Percebi então ali que estava diante da minha primeira atribuição como presbítero.
O que para mim, normalmente, seria algo de bastante apreensão não foi. Talvez pelo fato da Vovó Linhares ser uma das cristãs mais doces que conheci, ou talvez pelo fato que eu não estaria a visitá-la só, ou pelo fato de não sermos tão distantes, apesar da diferença de idade. Creio até que o motivo de minha calma partiu da certeza de que neste contato entre nós não seria eu o abençoador, mas sim o abençoado, como assim fui.
Posso dizer que não visitei uma senhora de noventa e seis anos carente de atenção, mas sim uma senhora que ao longo de sua vida com Deus (e bota longo nisto!) compreendeu o que a Igreja de Cristo, apesar dos pesares, é o melhor lugar pra estar. Que apesar de termos vários amigos por perto, estima de vizinhos, familiares ao redor (como ela tem), não há lugar mais acolhedor e quente para se estar do que a Igreja do Senhor. Posso dizer que estive diante de alguém que entendeu o grande mistério da Igreja de Cristo. Que entendeu tanto essa relação que com prazer separa seu dízimo e sua oferta. Posso dizer que realmente Vovó Linhares é uma serva que muito tem a ensinar sobre a fé, que doce fé!
Percebo que nos próximos dois anos como presbítero receberei muito mais do que posso dar.
Que o Senhor me dê Graça. Amém!
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