terça-feira, 10 de novembro de 2009
Em Cristo
Mas é a pura verdade: o óbvio também é importante ser dito. Não que a informação seja realmente relevante em si, pois esta já está mais do que manjada, a questão é quem fala e principalmente porque fala. Preciso aprender isso.
Em Cristo,
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Qual é meu ALVO?
Não quero uma espiritualidade vazia, pobre em significados e rica em chavões bem decorados. Não quero isso!Quero refletir sobre meu Mestre, sobre quem sou e quem Ele é, sobre o que ele já fez por mim e também o que pode fazer através de mim. Não quero apenas refletir sobre, quero refleti-lo em meu dia a dia, todos os dias.Pois de que adianta ser forte se não conheço minha força? De que adianta conhecer minha força e não usa-la? Quero usar meu vigor para honrar meu Mestre, para servi-lo. Serviço que reflete luz, coisas que valem a pena.É isso que eu quero! Não é simplesmente uma meta, não é só um conjunto de ações direcionadas a algo, não, é toda minha vida. Não quero dedicar um tempo a Jesus, quero me dedicar a Ele. Não é um projeto, um departamento de igreja, não!!! Sou eu.Então é isso, é Ele.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Hoje
Alguns sonhos não se realizaram, outros estão nascendo. Vida que segue. Louvado seja Deus!
Tenho agora um projeto totalmente novo, estou sendo separado para a árdua tarefa de mentoriar um pequeno grupo de jovens. Apesar de não ter experiência neste "ramo", estou muito animado e confiante. Pensar que posso contribuir na formação de jovens que poderão se tornar altamente relevantes em sua geração, refletindo Jesus, é muito e bom. Que Deus nos ajude.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Um dia encontrarei meu filho e direi a ele como tantas pessoas o amaram.
sábado, 16 de maio de 2009
Samba do busão
"Minha alma canta
Vejo São Gonçalo
Estou morrendo de saudades"
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Gerson Boges - Tanto para Dizer
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Larga de ser besta
sábado, 2 de maio de 2009
Glauber Plaça na Igreja Atos
Lançou seu CD Homens no Mar no final de 2004. E lança seu novo CD ”Outras Praias”. Violonista autodidata, influenciado por Blues e MPB, procura um estilo musical mais intimista com base em voz e violão, letras reflexivas, buscando dar uma abordagem poética a textos bíblicos. Após sua conversão em 1993, num acampamento de jovens, passou a integrar grupos de louvor nas igrejas locais e na Casa da Juventude Metodista.Participou de festivais das igrejas Assembléia de Deus e Metodista (Fecasa), tendo sido premiado com as músicas Xote Coração/ Amor Prevalecido, de Renato Lunetta (1996), Príncipe da Paz (1997) e Nova Manhã (1998), ambas de sua autoria. Tem se apresentado em espaços como: Projeto Redenção (Igreja Presbiteriana na Saúde), Programa “Vejam Só” (TV Rit, canal 29), feiras e eventos evangélicos, cultos em igrejas da capital e interior paulista, além de cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Alagoas.Alguns amigos compositores são especiais e têm sido inspiração para novas canções: Stênio Marcius, Silvestre Kuhlmann, Roberto Diamanso, Carlinhos Veiga, João Alexandre, juntamente com outros parceiros na caminhada de apresentações e gravações: Juliana Souza, Priscila Barreto e Cláudia César (voz), Jica e Gilson (percussão), César Pastor e Daniel Cavalcante (flauta), Alexandre Viriatto (baixo acústico), entre outros.
Quem quiser conhecer melhor o Plaça, pode ler uma entrevista dele no site Cristianismo Criativo, publicada em março do ano passado.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
O primeiro e o segundo
O primeiro Tanto para Dizer superou nossas expectativas em diversos aspectos. Mesmo com uma produção bem simples e com uma divulgação as pressas, obtemos êxito no que nos propomos: realizamos um evento de música e espiritualidade que além de levar boa música para o nicho cristão, levou a palavra viva do Deus Altíssimo a pessoas carentes de salvação de maneira especial, através de música e poesia.
Nossos convidados, Stênio, Selma e Silvestre, vestiram a camisa de forma tão maravilhosa que um desavisado poderia entender que eles eram velhos amigos nosso ou mesmo membros de nossa comunidade já há alguns anos, dado a maneira simples e simpática que estes grandes artistas se relacionaram o público e com nossa igreja. Temos aqui mais uma oportunidade de agradecê-los.
Agradecemos também a todos que de alguma maneira nos ajudaram ou participaram deste evento, que foi um marco para nós.
Carioca, nascido em 01/08/69, Gerson começou a tocar violão aos 9, por incentivo do pai, músico e poeta amador,e a compor aos 10 anos. Aos 13 anos já participava de festivais estudantis: "eu, um menino muito tímido, achei na música e na poesia um caminho, uma porta maravilhosa, para me expressar. Nunca mais parei de compor, tocar e cantar; minha vida esta em cada poema, canção; tudo está lá: alegria, dor, esperança, medo, oração, preocupação, riso, as batidas do meu coração".
Agora já são quase 20 anos de estrada. Gerson gosta de citar um dos seus mentores, Janires (Rebanhão): "Na causa do Bom Mestre já rodei Brasis..."
Seu trabalho mais recente é o musical "A volta do Filho Pródigo". Foram oito anos lendo e relendo o maravilhoso livro de Henri Nouwen, escrito ao meditar no quadro de Rembrandt. Este ao pintar, partiu da emblemática "Parábola do Filho Pródigo" (Lucas 15). Gerson foi compondo as canções sem pressa experimentando uma caminhada rica e nova, tanto espiritual quanto artisticamente. (Texto adaptado do site www.gersonborges.com)
terça-feira, 28 de abril de 2009
Cada um é um
Lidar com os assuntos de trabalho secular, do serviço a Cristo, da família, tudo quase ao mesmo tempo, nem sempre é fácil. Não que eu esteja querendo desassociar os departamentos da minha vida, muito pelo contrário, entendo que tudo está associado, o difícil é compreender esta associações que não são feitas por mim, mas por meu Senhor.
Uma questão que sempre povoou a mente do homem é qual a minha função? Utilidade? Ou em crentês: Qual o meu ministério? Quando penso nisto minha mente também funde! Como penso em minha vida de maneira integral, pensar em minha função implica compreender a complexidade das relações que Deus produz através de mim. Todos os ambientes que frequento estão realmente interligados, e esta ligação é feita por mim. Que coisa! Como estar pronto para interferir de maneira positiva em cada situação, dado o enorme número de combinações de ligações possíveis?
Ontem, ao falar com Nice, me deparei com um problema muito semelhante ao encontrado por mim em uma instituição que trabalho. Como lidarei com as semelhanças e diferenças? Não posso agir da mesma forma, pois os problemas são de naturezas distintas, mesmo que semelhantes. Como lidarei com as semelhança?
A compreensão de uma existência integral me leva a pensar que tudo em minha vida está relacionado, e que todas as coisas cooperam para as demais, sem querer fazer trocadilho com o versículo. Portanto devo ser sábio para aproveitar as experiências vividas e devo ter também a sabedoria para compreender as diferenças em cada situação. Não sei o que seria mais tolo: não aproveitar uma experiência ou usar uma experiência de maneira equivocada.
Uma das coisas que me motivou a pensar nisso foi a leitura de um pequeno livro de história da matemática. Um sujeito chamado Berkeley, filósofo e teólogo que viveu no século XVIII, escreveu um artigo que envolvia teologia e matemática seu título era: "Discurso dirigido a um matemático infiel. Onde se discute a questão se o objeto, princípios e inferências da análise são concebidos mais distintamente ou deduzidos mais logicamente que os mistérios e pontos de fé religiosos.” Não li este artigo, vou procurá-lo no Google, apenas li uns poucos comentários, mas o que me chamou a atenção, foi a associação de duas atividades minhas. É verdade que o contexto deste artigo é muito particular e talvez não tenha nada a ver com que estou escrevendo, mas esta simples associação me trouxe um sentimento diferente.
Cada um de nós é apenas um. Olhando de uma maneira esta sentença é óbvia, trivial, olhando de outra forma esta sentença é um desafio para cada ser humano.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Programação do Sarau da Comuna in Rio
- Abertura (Gerson Borges) [17:00h]
- Palavra Antiga (show)
- Roberto Diamanso (show)
- Stênio Marcius e Silvestre Kullmam (show)
- Café musical [20:30h]
- Devocional para o coração do artista c/ Jorge Redher [10:30h]
- Palestra formativa c/ Jorge Camargo
- Eduardo Mano (show)
- Almoço [13:00h]
- Talk Show [14:45h]
- Elly Aguiar (show)
- Glauber Plaça (show)
- Lanche
- Gerson Borges (show)
- Jorge Redher (show)
- Jorge Camargo (show)
- Café musical [20:30h]
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Sarau da Comuna in Rio
Se alguém mais quiser participar desta "Caravana do Louvor", partido de São Gonçalo, direto para a Tijuca é só entrar em contato.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
A Pedra de Amolar
Roberto DiamansoAquele que comigo, quando eu choro, choraAquele que comigo dança,A este jamais direi:Ora ,não me amolesPorque se como o ferro com ferro se afiaAfia o homem a seu amigoIIsto hoje te digo:Podes me amolar!Ó Deus,dá que quando entre eu e meu amigoHouver atrito a ponto de sair faísca de fogoQue eu não me desaponte porque esse talÉ enviado teu pra que eu não fique cegoPorque cego não vê que sem o esmerilSe perde o fio,o gumeQuem pode perceber,não perde a comunhão,assumeEstende a mão,aceitaA pedra de amolar
Portanto siga o conselho do Diamanso, amigo, se me perceber cego, me amole!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Puxa Vida!
A empatia, quase que imediata, entre nossos convidados e minha igreja foi ao mesmo tempo inesperada e deliciosa. Como já disse, Stênio e Silvestre estão para mim como Roberto e Erasmo estão para meu pai, portanto esperar esta relação entre nós seria algo razoável, mas o que ocorreu foi muito mais amplo, foi com toda a comunidade. A ponto de, em sua segunda apresentação (domingo pela manhã), eu não conseguir encontrar sentido em fazer uma chamada formal para o palco, os chamei como chamo Luizete, nosso Ministro de louvor, estranho né?
Até o momento de mandar as crianças para a escolinha foi especial. O reverendo, para adiantar as coisas, não quis fazer a tradicional oração pelas crianças antes de despedi-las, então Selma, como se fosse uma diaconisa de alguns anos da ICA, fez exatamente o que fazemos todos os domingos.
O balanço de tudo foi que, além das músicas preciosas, aprendemos muito mais. Aprendemos que a igreja de Jesus é muito mais do que pensamos, é muito mais completa e complexa. Puxa vida! Foi um final de semana daqueles! Muito Obrigado meu Senhor!!!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Bicho, muitas emoções!
O sentimento que tenho em recebê-los em minha igreja é algo que certamente se compara ao sentimento que meu pai teria ao receber Roberto, Vanderléia e Erasmo para tomar um café em sua casa ou o sentimento que meu cunhado Paulo teria em bater uma bolinha com Zico e Júnior. Considerando estas coisas é natural imaginar uma semana com muitas emoções.
Mas o que Deus tinha preparado para mim era algo muito mais profundo que uma simples tietagem, esta semana de fato prometia muito mais. Senti, agora a pouco, algo totalmente diferente do que eu esperava e ainda mais forte do que eu imaginava, ouvi da boca de um enfermeiro: "Positivo!". Isso mesmo Daiane está grávida! Seis semanas e um dia, de acordo com a ultrassonografia. Não sei como essa maquina mede este tipo de coisa, mas sei que quando nós brincávamos no Carnaval que teríamos gestações simultâneas, Dai, Fernanda e minha irmã (tentamos até colocar Nair nessa, mas ela pulou fora) em 2011 ele(a) já estava lá!
Não dá para explicar o que senti, mas prometo que escreverei sobre a emoção de sentir o bebê se mexendo pela primeira vez, de notar a barriga de Dadai crescendo, da expectativa do parto, do nascimento, das coisas banais de criança e assim por diante. (quem sabe até do casamento!)
Desde já peço a meu Senhor para que cuide desta criança e torne meu filho(a) em alguém temente a Deus e que seja útil no seu Reino. Amém!!!
P.S. Não é brincadeira de primeiro de abril.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Convite - Tanto para Dizer
quarta-feira, 25 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
Dê a preferência
É interessante como vejo a estrada diferente agora, as placas que nunca dei atenção são agora o "passa-tempo da viagem". Vejo as de regulamentação, as de advertência os pictogramas. O chato é que sempre aparecem as mesmas, aquela diversidade do livrinho colorido não está nas estradas em que eu passo, nem aquela com um veadinho saltando que causou tantos comentários na aula é fácil de ver. Claro que se não aparecem é porque não são necessárias, isso é que eu espero, vai que o 1001 bate em um veado!
A placa mais interessante para mim é aquela triangular sem nada escrito ou desenhado, esta diz ao motorista que ele não tem a preferência. Sou um caroneiro profissional, dezenas de amigos, colegas e conhecidos já me deram carona e é difícil ver algum motorista aceitar a dura realidade que a estrada não é dele, que existem muitos outros que têm o mesmo direito a pista. É estranho, até o mais pacato fica indignado quando alguém faz uma bobagem a frente e cinco minutos depois, por algum motivo faz a mesma coisa, é xingado por outro motorista e não se acha errado. Estranho, mas somos assim. Como disse, a placa "dê a preferência" é muito interessante, ela nos manda ir contra o nosso natural, pois quando eu comprar meu carro a estrada será minha!
Estou escrevendo estas coisas pois ontem ouvi algo muito importante da boca do Reverendo: "o Reino de Deus deve ser a principal razão de nossa vida". As situações que nos tentam dominar devem ser colocadas em seu devido lugar, meu trabalho, meu lazer até meu descanso devem ser submissos ao serviço ao Rei dos Reis. Quando ouvi isso imediatamente pensei em uma Bíblia com uma placa "dê a preferência" na capa. Parece tolice, mas disso depende nossas almas.
Devo entender que da mesma forma que todo mundo acha que é proprietário do sistema viário, temos também a falsa impressão que podemos fazer o que quisermos com nossas vidas. Nossa vida não é de fato nossa, é do nosso salvador, que a comprou e nos deu para que, como mordomos, sirvamos no Reino de Deus.
Nossa principal atividade deve ser honrar e servir a Deus. Se eu pudesse faria uma placa de regulamentação com esta mensagem e espalharia por todas estradas do mundo, pena que eu não posso.
Alguém se arrisca a imaginar e dizer como poderia ser esta santa placa?
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Meditando Dia e Noite
Ontem eu voltei a trabalhar. Fui a Cabo Frio para uma reunião, e como de costume, fiquei algumas horas sentado na poltrona do ônibus na ida e na volta. Na volta me incomodei um pouco com a situação, não havia nenhum livro para ler, meu ipod estava sem bateria e o banco era desconfortável demais para um cochilo. Resolvi então meditar na Lei do Senhor.
Iniciei meditando no trecho onde Deus instrui a Josué Meditar no Livro da Lei dia e noite.
Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido.Josué 1:8
Antes de escrever estas coisas, agora a pouco, fiz uma pesquisa google com a chave "medita dia e noite" para ver o que outros blogueiros pensam sobre isso (também vi no yahoo respostas), como não sou muito paciente não olhei muitos, mas o que percebi e que o se pensa sobre isso é que meditar no Livro da Lei dia e noite significa estudar diligentemente a Bíblia, um blogueiro até sugeriu, para os pouco experientes, começar com um dos evangelhos.
Penso, ou melhor, pensei ontem no ônibus, que a questão é um pouco mais ampla. O termo "dia e noite" pode para alguns sugerir fazer algo em dois períodos, um diurno e outro noturno. Se esta interpretação estiver correta (acho um pouco difícil), os retiros que fazíamos eram exatamente de acordo com este mandamento divino, tínhamos um culto matutino e outro noturnos, todos os dias.
Meditar dia e noite em algo me parece significar meditar continuamente, acho que esta é a interpretação correta. Mas aí surge outro problema, imaginem um artesão fazendo seu trabalho extremamente complexo, cheio de detalhes que exige, do mesmo, concentração total. Será que devemos incriminar este artista por este pecado de deixar de meditar na Lei em quanto trabalha? Acho isso um pouco estapafúrdio. Pouco?
Como concluir então esta meditação sobre a meditação? Só me parece restar uma alternativa, Deus estava dizendo a Josué, e também a mim (e a todos nós): Josué, considere minha Lei em todos os momentos de sua vida, na paz, na guerra, nas questões de sua vida particular, nas questões do povo, em todos os seus relacionamentos, em tudo tenha a minha lei em seus pensamentos para cumpri-la de maneira exemplar!
Para cumprir este mandamento divino nosso herói deveria conhecer com excelência toda a Lei de Deus. Porque para nós seria diferente? Dediquemo-nos em conhecer a lei do Senhor, afim de meditar nela dia e noite.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Estrada de Damasco
Algo que me chamou a atenção foi como o caos foi descrito. Em outros filmes de catástrofes, por mais que a situação seja impossível de ser resolvida, dependendo de uma ação heróica/milagrosa do protagonista, quase sempre temos pessoas formulando planos para a solução do problema, seja o governo norte americano (quase sempre com "ar" de governo da humanidade) ou civis comuns, sempre existem pessoas tentando resolver a apocalíptica questão. Nesta história toda a humanidade é totalmente impotente, nenhum "Will Smith" ou "Tom Cruise" seria capaz de sequer ter esperança para pensar em uma solução para a questão. Nada poderia ser feito, a "epidemia" era totalmente misteriosa até mesmo para os maiores especialistas e em breve alcançaria a todos.
Mais uma vez me percebi com um sentimento que sempre vem quando vejo filmes ou leio histórias onde pessoas vivem situações extremas, desumanas, ficam no limite. O estranho é que este sentimento não me parece fantasioso, como estas histórias são. Parece que todo conforto que tenho, caso me seja tirado, poderá amplamente me transformar, a segurança que sinto, se me for arrancada, parece que tem o poder de mudar meus valores. Sinto que meu estilo de vida, civilizado, gentil, em uma situação extrema pode em um instante não fazer o menor sentido.
Quando um filme com está temática acaba, o sentimento, que realmente deixa a trama muito mais atraente, vai embora da mesma forma repentina que chega. Por algum motivo, esta história, como uma droga mais forte, me causou uma "onda" mais duradoura, a ponto de me acompanhar até minha cama e me tirar alguns minutos de sono. Acho que isso está associado a uma cena onde um padre compara a cegueira, que havia alcançado quase toda a humanidade, a cegueira de Saulo na Estrada de Damasco. Não sei se esta cena tem todo o significado que imagino, como não li o romance e não sei como pensa Saramago, nada posso afirmar sobre as intenções do autor simplesmente vendo a cena, que sinistramente mostrava as esculturas e pinturas dos "santos" vendadas. Mas tudo começou a fazer sentido para mim, mesmo que não seja exatamente esta a intenção do autor.
Uma forte mensagem do filme é que quando estamos fragilizados o sentimento de comprometimento mútuo aflora. Os personagens dependiam uns dos outros de uma maneira quase que humilhante, eram de fato dependentes, sozinhos qualquer um, exeto a mocinha, que era a única com o dom da visão, morreria rapidamente. Neste ambiente desenvolvem-se relacionamento de maneira muito mais profunda, amizades nascem sem preconceitos, o afeto é, aparentemente, mais puro e verdadeiro. A cegueira trouxe, aos mocinhos do filme, algo relevante e precioso.
Mas a cena do padre comparando a situação relatada no filme com o que ocorreu com Paulo realmente não sai da minha mente. A forma como Jesus tratou Saulo e o transformou no Apóstolo Paulo foi realmente peculiar. A transformação de um obstinado e violento opositor em um dos mais brilhantes aliados foi um evento marcante na história do cristianismo e me faz pensar como fragilizar pode ser o primeiro passo para transformar.
Palavras de José Saramago, na apresentação pública do seu romance Ensaio sobre a Cegueira.
Entender esta mensagem não é importante apenas para nosso desenvolvimento como seres humanos, como poderia propor Saramago, disto depende nossas almas! Reconhecer nossos pecados é o primeiro passo para receber a Graça Transformadora do Altíssimo.
"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Amigos de fé
Estou lendo um livro que está mexendo comigo, seu título é Liderança Corajosa de Bill Hybels. Eu não acho que este livro é um best-seller ou que ele é apenas composto de verdades essenciais, muito pelo contrário tenho até algumas restrições a algumas coisas que Bill, já estou ficando íntimo, escreve. O que gostaria de expressar aqui é como estou admirado com a forma que os companheiros de ministério de Bill Hybels se envolveram com um objetivo comum.
Em vários momentos do livro o autor conta experiências pessoais. Situações difíceis, outras nem tanto, algumas com efeitos grandiosos outras não. A obra, que eu esperava com um formato de manual, se mostrou quase que um livro de lembranças e confissões, contando sempre histórias onde o temor e amor a Deus e o engajamento ao objetivo comum são ferramentas para o serviço a Cristo.
Talvez alguém, ao ler este livro, como muitos já leram, não tenha esta mesma percepção. Confesso que o anseio de encontrar amigos/companheiros/irmãos para compartilhar a caminhada, para vigorosamente se comprometer com Cristo, dar de fato sua vida pela causa do evangelho e constantemente me ajudar, com seus exemplos, a viver também assim, é um anseio tão forte que quando li coisas do gênero neste livro, me saltaram aos olhos e ao coração.
É verdade que tenho alguns bons amigos/companheiros/irmãos, realmente devo agradecer a Deus por eles, mas ainda sinto falta de algo, que nunca vivi. O profundo comprometimento mútuo e apaixonado pela obra de Jesus, que vai muito além do zelo pela igreja local é que anseio. Não que eu já tenha todo este amor e gostaria de partilhá-lo, este tipo de companheirismo também tem está função, e como é eficiente!
Talvez eu só viva isto na eternidade, mas gostaria muito de viver ainda hoje.